Tipos de pisada: exercícios e o tênis

 em Atividade física, Dor nos pés, Esportes, Fisioterapia

Segundo especialista, ter o tênis indicado para o seu tipo de pisada não é garantia de prevenir lesões. Pequenos exercícios podem ajudar muito. Quando se procura o tênis ideal para a prática de corrida, uma dúvida comum vem à tona: qual o modelo certo? Atualmente, a linha de alto rendimento disponível no mercado atende aos três tipos de pisadas possíveis: pronada, neutra e supinada. Mas é realmente fundamental comprar o tênis da pisada adequada? Segundo especialistas, não.

Primeiro, é preciso entender o funcionamento de cada tipo de pisada e como elas se comportam na corrida. Cada uma delas é o exato de reflexo de como o corpo se posiciona durante as corridas.

A pisada pronada é aquela pisada na qual a parte interna do pé tem mais contato do que deveria com a superfície. A supinada é exatamente o inverso, quando a parte externa do pé tem mais contato do que deveria com a superfície. Nessa linha, a pisada neutra ocorre quando o pé se distribui de maneira uniforme pela superfície.

Especialista com mestrado em biomecânica da corrida, Raquel Castanharo explica que, ao contrário do que se imagina, detectar o tipo de pisada não é tão importante na hora de escolher o tênis. “É importante detectar? Nem tanto. As pessoas detectam isso para comprar um tênis adequado. Até hoje, no entanto, nenhuma pesquisa provou que o tênis ajuda nesses casos. O certo é trabalhar fortalecimento do pé para a corrida, por isso é importante detectar o tipo de pisada”, explica.

Raquel detalha como as pesquisas têm colocado por água abaixo. Uma delas reuniu diversos corredores e todos tinham a pisada pronada. Para metade deles, foram dados modelos de tênis específicos para a pisada pronada e para outra metade os modelos neutros. Depois de um grande período de análise, o índice de lesões nos dois grupos era o mesmo.

A especialista ainda destaca que é comum o pé sofrer uma pequena pronação durante as corridas. “É normal o pé ficar ligeiramente pronado, ele tem que cair para dentro, faz parte da mecânica ideal do corpo. É claro que existe um grau adequado para isso”, comenta. “Cientificamente falando, o mais importante de se detectar a pisada é para se adequar ao movimento, não para ter o tênis indicado”, completa.

A pisada é considerada pronada quando o pé atinge uma angulação superior a 17º. Quando é inferior a 5º, considera-se a pisada supinada. Entre esse valor, ocorre a neutra.

Exercícios podem ajudar

O fortalecimento dos pés é importante para a pisada inadequada não evolua para um quadro de lesão. Por isso, Raquel destaca alguns pequenos exercícios que podem ser feitos em casa e ajudam a preparar melhor os pés para as corridas. “É possível abrir e fechar os dedos do pé, repetidamente, levantar os dedos e até mesmo contrair a sola do pé. Desta forma, a musculatura dos pés fica mais preparada”, finaliza.

FONTE: http://www.otempo.com.br/tipos-de-pisadas

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Sugestão de outros exercícios e orientações para trabalhar esse importante segmento do corpo:

  • Ande mais descalço: a sola do pé é cheia de sensores que ajudam o cérebro a controlar melhor o movimento e o equilíbrio, então é importante tirar os sapatos e sentir o chão de vez em quando.
  • Em pé, tente deixar o arco interno do pé mais alto, sem mover o restante da perna. Você deve sentir que está fazendo força nos músculos da sola do pé. No começo é difícil, mas é só uma questão de prática.
  • Eleve somente o dedão e depois eleve os outros dedos mantendo o dedão no chão. Abra e feche os dedos.
  • Arraste os dedos no chão como se quisesse usá-los para puxar algo para perto de você.

FONTE: http://globoesporte.globo.com/

Quer saber mais sobre tipos de pisada? Tem algum dúvida? Escreva para nós!

Mateus Martinez
Mateus Martinez
Atualmente é diretor de fisioterapia da Pés Sem Dor. É mestre em fisioterapia esportiva pela The University of Queensland, Austrália (2015). Especialista em Dry Needling (agulhamento a seco) pela Combined Physio Austrália. Graduado em fisioterapia na USP - Universidade de São Paulo (2011). É professor convidado da pós-graduação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Foi fisioterapeuta da equipe Vôlei Brasil Kirin (2013) e Medley Campinas (2011-2013). Foi professor de anatomia e patologia básica para curso técnico de radiologia da Escola Profissionalizante CETEP (2012-2013). É co-autor de 6 estudos sobre saúde dos pés, possui mais de 170 artigos escritos sobre saúde dos pés no site da Pés Sem Dor e é criador de conteúdo no canal do Youtube da Pés Sem Dor, onde fala sobre saúde, bem estar e dores nos pés, tornozelos e joelhos para +160 mil inscritos. Profissional com registro no crefito: 162983-F
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