Metatarsalgia

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A metatarsalgia é a dor que atinge os ossos da ponta dos pés, chamados de metatarsos. Esse desconforto é causado pelo excesso de pressão que chega no local, ocasionando um processo inflamatório. Pessoas que caminham longas distâncias estão mais suscetíveis a essa patologia.

De acordo com o estudo “Metatarsalgia”, as cabeças dos metatarsos ficam sobrecarregadas, o que pode provocar a inflamação, dor, inchaço, fraturas por estresse e até espessamento do nervo. Normalmente, essa condição atinge o segundo e o terceiro metatarso. Em vários casos ela também está acompanhada de calosidades na região anterior da sola. Os sintomas podem ser leves, aumentando quando a pessoa fica muito tempo em pé, anda de salto alto ou prática alguma atividade física. O principal causador dos sintomas é o excesso de pressão depositado na região dos dedos.

Pessoas muito ativas e que caminham longas distâncias estão mais suscetíveis a essa patologia, assim como o uso de saltos também pode desencadear dor na região, pois joga o peso do corpo para frente e aumenta a carga e as pressões sobre os metatarsos. Outro fator agravante da metatarsalgia é o Neuroma de Morton: espessamento do nervo interdigital que passa pelos metatarsos. O desenvolvimento da neuropatia pode agravar os sintomas. Torna-se comum perder a sensibilidade nos dedos e sentir choque ao pisar com a ponta dos pés.

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Quer entender mais sobre as dores na ponta dos pés?






CAUSAS

Os principais fatores de risco da metatarsalgia estão relacionados ao aumento de pressão na parte frontal dos pés, que pode acontecer por diversos motivos. Confira abaixo a lista de causas relacionadas:

Calçado
Calçados muito apertados, com bico fino e com pouco espaço interno na região dos dedos, tendem a comprimir a região dos metatarsos, causando dores. A imagem abaixo ilustra como ficam posicionados os pés dentro do calçado, do mais estreito ao mais largo.

A melhor opção de calçado é a primeira ilustração à direita

Calçados de salto alto jogam o peso do corpo para frente, fazendo com que o apoio principal seja a cabeça dos metatarsos. Eles também elevam muito as pressões na região anterior do pé e comprimem os dedos e ossos. A imagem abaixo ilustra a distribuição de carga de acordo com a altura do salto utilizada.

O primeiro quadro (sem salto), mostra a distribuição ideal das cargas nos pés. Os demais quadros mostram a distribuição das cargas de acordo com a altura do salto, sendo que quanto mais alto o salto utilizado, menor é a carga no calcanhar e maior é a sobrecarga na região dos metatarsos.

A distribuição de carga de acordo com a altura do calçado

Atividade física
Exercícios constante e principalmente de alto impacto, aumentam a sobrecarga direta nos membros inferiores, portanto, é um dos fatores desencadeantes ou agravantes de dor na região dos metatarsos. Atletas que utilizam os metatarsos como base para o esporte, como bailarinas, corredores ou ciclistas, tem maior tendência a ter lesões nessa região.

Peso corporal
O peso corporal influência diretamente na carga que os pés recebem. Quanto maior o peso, maior a carga que o pé precisará suportar durante o dia a dia. Pessoas obesas estão mais propensas a desenvolverem dores nos membros inferiores. Por isso, é importante manter o peso equilibrado.

Postura
Ter a postura inclinada para frente é muito comum em pessoas que trabalham em fábricas e que passam horas em pé na linha de produção. Esse posicionamento desloca o centro de massa para frente, provocando a sobrecarga nos metatarsos.

Tipos de pé

– Pés cavos, por conta do arco muito elevado, a área de contato do pé com o solo é menor. A carga depositada na região fica concentrada no calcanhar e nas cabeças dos metatarsos;

Pé Cavo

– Pés chatos, apesar de ter maior área de contato, esse tipo de pé tem o amortecimento comprometido devido ao rebaixamento do arco. O impacto que chega à frente dos pés é muito maior que o ideal.

Ilustração do pé Chato

Deformidade no pé
O desalinhamento estrutural dos ossos do pé pode causar uma má distribuição de carga durante o caminhar. O rebaixamento, principalmente do arco transverso, faz com que a ponta dos metatarsos desça e provoque outras deformidades. As mais comuns são: dedos em garra e em martelo e o joanete, que são alterações na anatomia normal. Essas mudanças podem aumentar a pressão que é depositada na parte frontal dos pés durante as caminhadas. A falta de apoio e participação dos dedos durante a passada influência no surgimento destas lesões. É comum que as deformidades aumentem com o passar dos anos e que o coxim adiposo da região também diminua. Por isso, os idosos podem ter maior sensibilidade à metatarsalgia.

Traumas
Pancadas na região da frente do pé podem gerar uma reação inflamatória. Quando não tratadas corretamente, elas podem causar a inflamação crônica, por conta da sobrecarga imposta, com frequência, no local. Fraturas ósseas, com má consolidação, podem causar desvios estruturais, prejudicando o espaçamento ósseo e levando à compressão dos tecidos da região. Lesões ligamentares podem deixar as estruturas mais instáveis e ocasionar o rebaixamento do arco transverso do pé. Isso piora o fluxo sanguíneo e altera a sensibilidade do local.

SINAIS E SINTOMAS

A metatarsalgia normalmente tem início progressivo, com dores leves e esporádicas na ponta dos dedos. Os incômodos são sentidos após algum tempo em pé, e a queimação e o cansaço tendem a melhorar com o repouso. Com o agravamento do quadro, a dor pode se tornar mais frequente, ocasionando inchaço e vermelhidão no local.

Geralmente, percebe-se o aparecimento de calosidades na região de dor, devido ao aumento da pressão exercida sobre o local. Muitas pessoas se sentem aliviadas após retirar os calos na podóloga, mas é importante procurar um especialista para que ele verifique se há necessidade de um tratamento mais específico. Isso porque a metatarsalgia está diretamente relacionada com o desenvolvimento do Neuroma de Morton.

PREVENÇÃO E TRATAMENTO

O primeiro passo é a conscientização. A metatarsalgia está relacionada à região de dor, que caso não tratada, pode levar a lesões mais graves. Para tratar e prevenir o aparecimento da dor, o paciente precisa mudar os hábitos que causam o aumento de pressão nos metatarsos. Veja abaixo as principais medidas a serem tomadas:

Reeducação do paciente
Conhecer os motivos que causam as dores é parte fundamental do tratamento conservador. Caso o principal fator responsável pelas dores seja o excesso de pressão, a pessoa que sofre com esse incômodo poderá seguir algumas dicas para eliminar os desconfortos. Tais medidas incluem: escolher melhor os calçados, realizar atividades físicas, manter o peso próximo ao ideal, e seguir outras recomendações que serão melhor detalhadas abaixo.

Correção de movimentos
Movimentos incorretos durante a caminhada ou atividade física podem elevar a pressão sobre os metatarsos, causando a inflamação local. Essas lesões são comuns no esporte, principalmente na corrida, porque os atletas desgastam muito a pontas dos pés, tanto para receber a carga quanto para impulsionar o corpo. O ideal é que haja o rolamento do pé, com o peso sendo recebido no calcanhar e depois distribuído para o restante da estrutura, evitando acumulo de pressão nos metatarsos – a não ser que a corrida seja de velocidade e curta distância.

Elevação na região dos metatarsos
Para melhorar o posicionamento dos metatarsos, alguns suportes podem ser posicionados abaixo deles. Essa elevação evita que as estruturas locais sejam comprimidas, e podem ser fabricadas utilizando silicone ou materiais mais rígidos. Porém, quem usa esse suporte, muitas vezes reclama que é difícil movimentar os pés durante as caminhadas e práticas esportivas. Neste caso, as palmilhas com elevação evitam qualquer tipo de desconforto e possibilitam que os metatarsos fiquem melhor encaixados no calçado.

Palmilhas ortopédicas
As palmilhas confeccionadas sob medida fornecem maior área de contato entre o pé e o calçado, e redistribuem melhor a carga que é depositada na região. A implementação de um piloto, pequena elevação na região dos metatarsos, melhora o posicionamento desses ossos durante a pisada, diminuindo a pressão que chega nesse ponto de apoio. Assim, é possível estabilizar as estruturas locais e evitar a compressão dos tecidos próximos aos dedos.

Redução de peso
Por suportar todo o peso do corpo, os pés ficam sobrecarregados quando há excesso de massa corporal. Deve-se evitar o sobrepeso, a fim de diminuir a pressão que chega nos membros inferiores.

Mobilização dos metatarsos
Massagear a região dos metatarsos ajuda a aliviar a tensão da musculatura e a melhorar o posicionamento das estruturas da parte anterior dos pés. O ideal é que o relaxamento seja feito com as mãos, para que os estímulos sejam bem localizados. Mas também é possível utilizar bolinhas de tênis, durante o dia a dia, ou uma garrafa de água congelada, nos momentos em que a dor for mais intensa.

PALMILHAS E SAPATOS SOB MEDIDA PÉS SEM DOR® PARA METATARSALGIA

As palmilhas sob medida Pés Sem Dor ajudam a redistribuir a pressão localizada sob os metatarsos, aliviando a sobrecarga na região e resolvendo as dores. Para conseguir fazer isso, ela possui uma elevação precisamente posicionada à frente da região da dor.

Palmilhas tradicional sob medida Pés Sem Dor
Palmilha tradicional sob medida Pés Sem Dor

Já os calçados sob medida são feitos respeitando a largura e circunferência dos metatarsos. Com isso há um encaixe perfeito, sem que haja compressão excessiva (que causa dores em quem tem pés largos, por exemplo) e sem ficar largo demais, que causa falta de estabilidade e muita fricção do pé com o calçado. Além disso, o calçado sob medida pode ter um dos nossos solados impressos em 3D, que garante excelente amortecimento de impacto e bom suporte.

As palmilhas e sapatos são feitos com tecnologia 3D e precisão digital milimétrica, após uma avaliação gratuita dos pés, tornozelos e joelhos, com os especialistas da Pés Sem Dor. Veja agora todos os seus benefícios:

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  • Melhora do amortecimento de impacto;
  • Melhora do desempenho esportivo

CALÇADOS

Os calçados são fabricados para oferecer suporte e proteção para os pés. Portanto, deveriam ser escolhidos para aprimorar as funções de amortecimento, estabilidade e impulsão, e não apenas como um acessório de moda.

A escolha de um calçado é importante, pois o seu formato pode alterar o alinhamento ideal do pé, deixando-o mais predisposto a lesões e entorses. No caso da metatarsalgia, o importante é procurar um calçado com a região anterior (caixa de dedos) mais larga, e evitar o uso de sapatos de salto. A compressão da parte da frente, assim como a sobrecarga gerada pelo salto, aumentará o risco de inflamação local.

O salto deve ser sempre evitado, pois o uso altera a distribuição do peso corporal e reduz a pressão no calcanhar. Aliás, a carga é redistribuída para outras partes do pé, e o peso fica concentrado nos dedos. É uma relação inversamente proporcional: quanto mais alto for o salto, mais carga é jogada para frente, e mais pressão é absorvida pelos metatarsos.

ESPORTES

Não é atípico escutar queixas feitas por bailarinos e dançarinos sobre a metatarsalgia. Por conta da sobrecarga e do caráter mecânico da lesão, os atletas que usam muito a ponta dos pés, e exigem demais dela, viram reféns da dor. No balé, por exemplo, usar sapatilhas de ponta é obrigatório. O uso deste calçado, combinado ao tipo de movimento durante a dança, aumenta a compressão dos metatarsos.

Existe também o fator social, que leva os atletas a acreditarem que as dores são decorrentes de sua dedicação ao esporte. Isso faz com que essas pessoas ignorem os sinais do copo, principalmente quando as dores estão fracas. A metatarsalgia, quando não investigada e tratada, pode evoluir e proporcionar dores mais intensas. E em casos mais graves, pode provocar fraturas por estresse ou o Neuroma de Morton

DICAS E CURIOSIDADES

Para qualquer dor, o ideal é procurar o auxílio de um especialista para que ele verifique o motivo e indique o melhor tratamento. Em relação à metatarsalgia, algumas medidas básicas podem ser tomadas para amenizar os desconfortos na região. Veja abaixo algumas:

Calçados
A medida mais simples e eficaz é escolher bons sapatos. Evitar calçados de bico fino e de salto alto pode influenciar (e muito) na melhora das dores. Isso porque os dois modelos comprimem e sobrecarregam a região anterior dos pés, o que favorece o desenvolvimento da metatarsalgia. Prefira calçados mais arredondados na região anterior, sem salto e com um bom amortecimento no solado. Caso o uso de sapatos sociais e de salto sejam indispensáveis para o seu trabalho, procure uma palmilha para redistribuir o peso e melhorar a acomodação dos seus pés.

Gelo
O gelo é um ótimo aliado contra as dor e processos inflamatórios. Congele uma garrafa de água. Em seguida, deslize-a sobre a região de dor, de 15 a 20 minutos. A aplicação também pode ser feita com uma bolsa de gelo ou com um balde de água gelada.

Massagem
Massagear a frente dos pés relaxa a musculatura e diminui a rigidez dos tecidos. Dessa forma, tanto o posicionamento das estruturas quanto a circulação sanguínea do local melhoram. Assim, o controle da inflamação e a recuperação dos tecidos lesados ficam mais rápidos e eficientes.

Prática esportiva
Um dos fatores que pode aumentar as chances da metatarsalgia é a prática de esportes que sobrecarregam a parte da frente dos pés. Atividades que exigem muito impulso, saltos e mudanças bruscas de direção, geralmente, desgastam as estruturas dessa região. Deixar tais atividades de lado, durante os períodos de dor intensa, pode ser necessário para o corpo se recuperar. Para que a sua saúde não seja comprometida, sugerimos abaixo alguns exercícios com menor impacto nos pés, que te ajudarão a manter o condicionamento físico.

– Transport: esse aparelho consegue queimar mais calorias do que a esteira, quando os movimentos são realizados corretamente: com amplitude e ritmo. Ele gera um impacto nos membros inferiores bem menor do que em uma corrida ou caminhada. Por isso, o equipamento é aconselhado para pessoas que tem problemas nos pés, tornozelos e joelhos.

– Remo: é um ótimo exercício aeróbio, que fortalece bastante o tronco, os braços e os membros inferiores. Caso você não tenha onde praticar esse exercício, algumas academias possuem aparelhos que simulam o movimento da remada, proporcionando efeitos similares.

– Pilates: é um método de exercício que trabalha o movimento do corpo todo, a fim de melhorar a força muscular, flexibilidade e postura. Por ter muitos exercícios de estabilidade, o pé sofre muito pouco com os impactos.

 Fortalecimento dos pés
A musculatura interna dos pés (musculatura intrínseca) é, geralmente, negligenciada e pouco trabalhada quando existe dor. Porém, a funcionalidade desses músculos é fundamental para que as estruturas locais tenham um bom posicionamento. Quando a musculatura apresenta insuficiências, o amortecimento dos pés piora e os metatarsos ficam mal posicionados, o que predispõe a inflamação dos tecidos ao redor.

PERGUNTAS FREQUENTES

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Não trabalhamos com convênios, pois a nossa avaliação é totalmente gratuita! Mas você pode verificar com seu plano se eles fazem algum tipo de reembolso em relação aos sapatos!

LINKS EXTERNOS

1) The Treatment of Metatarsalgia with Hallux Valgus | The Journal of Bone and Joint Surgery

2) Primary metatarsalgia: the influence of a custom moulded insole and a rockerbar on plantar pressure | K. Postern, P.E.T. Bum, M.E.v.d. Zunde and J.v. Limbeek

3) A influência postural do salto alto em mulheres adultas: análise por biofotogrametria computadorizada | Brazilian Journal of Physical Therapy

4) Correlations between subjective treatment responses and plantar pressure parameters of metatarsal pad treatment in metatarsalgia patients: a prospective study | BMC Musculoskeletal Disorders

Mateus Martinez
Mateus Martinez
Atualmente é diretor de fisioterapia da Pés Sem Dor. É mestre em fisioterapia esportiva pela The University of Queensland, Austrália (2015). Especialista em Dry needling pela Combined Physio Austrália. Graduado em fisioterapia na USP - Universidade de São Paulo (2011). É professor convidado da pós-graduação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Foi fisioterapeuta da equipe Vôlei Brasil Kirin (2013) e Medley Campinas (2011-2013). Foi professor de anatomia e patologia básica para curso técnico de radiologia da Escola Profissionalizante CETEP (2012-2013). É co-autor de 6 estudos sobre saúde dos pés, possui mais de 170 artigos escritos sobre saúde dos pés no site da Pés Sem Dor e é criador de conteúdo no canal do Youtube da Pés Sem Dor, onde fala sobre saúde, bem estar e dores nos pés, tornozelos e joelhos para +160 mil inscritos. Profissional com registro no crefito: 162983-F
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