Gota

A gota é um tipo de artrite causada pelo aumento de ácido úrico no sangue, e provoca dores na articulação, inchaço, vermelhidão e dificuldade para se locomover. Geralmente, a doença é identificada em exames de raio-X ou quando os sintomas são recorrentes. Já o tratamento é feito após a orientação de um especialista, que poderá indicar medicamentos, acompanhamento nutricional e palmilhas sob medida.

A gota também é conhecida como “Doença dos Reis”, pois, antigamente, era considerada uma condição específica das classes mais ricas da sociedade, que sempre estavam com a mesa farta de alimentos. Hoje, sabemos que a gota se desenvolve principalmente graças ao consumo excessivo de carne vermelha.

De acordo com o estudo “Recent advances in understanding and managing gout”, a articulação do dedão é uma das mais afetadas pela doença, já que 50 a 70% das primeiras crises de gota acontecem no local. Acredita-se que o excesso de carga imposto à articulação seja o principal fator prejudicial.

Para tratar a gota, a pessoa deve controlar a alimentação e usar medicamentos anti-inflamatórios. O acompanhamento médico é imprescindível para evitar a volta das crises. E, caso o tratamento não seja seguido à risca, a articulação acometida pode deformar. Quando a lesão atinge os membros inferiores, é comum que a pessoa com gota tenha dificuldades para caminhar.

Gota
Articulação com gota.

O ácido úrico é uma substância produzida naturalmente pelo organismo, como resultado da digestão da purina (um tipo de proteína presente em carnes, frutos do mar e alguns legumes). A purina é filtrada pelos rins e eliminada por meio da urina.

Devido ao aumento do consumo de alimentos com essa proteína, ingestão de álcool, falha no funcionamento dos rins ou pouco consumo de água, a taxa de ácido úrico no sangue aumenta. Quando ácido úrico entra em contato com o líquido lubrificante das articulações (líquido sinovial), pode haver a formação de cristais dentro da cavidade articular (espaço existente entre as superfícies articulares), o que causará a inflamação no local, conhecida como gota.

Geralmente, as crises de gota ocorrem em episódios isolados: o indivíduo sente, subitamente, fortes dores em alguma articulação do corpo (podendo estar acompanhada de inchaço, vermelhidão e aumento da temperatura no local) que tendem a sumir em 1 ou 2 dias sem deixar outros sintomas aparentes. Em alguns casos, o episódio pode voltar a se repetir após meses ou até mesmo anos. Quando não tratado, os episódios se tornam mais recorrentes e o sujeito pode apresentar uma deformação da articulação, com o surgimento de caroços, e a rigidez na movimentação.

CAUSAS

A gota é causada pelo aumento da concentração de ácido úrico no sangue. Entre os fatores de risco, podemos observar:

– Alimentação: o alto consumo de alimentos que favorecem a produção dessa substância pelo organismo, como carnes bovinas e frutos do mar, pode originar a doença. Esses alimentos contêm grande quantidade de purina (proteína que quando digerida se transforma em ácido úrico). O consumo de álcool também influência nos surtos de dor da gota, porque este componente aumenta a concentração de ácido úrico no sangue. A cerveja é a principal bebida alcoólica a ser evitada, por conta do malte, que contém purina na sua composição. Estudos observaram que o consumo de vinho moderadamente (1 taça por dia) não afeta o percurso da doença e pode ser até benéfico pelo seu efeito antioxidante.

– Idade: a gota tende a atingir adultos de 40 a 50 anos. Com o passar do tempo, os episódios podem ficar cada vez mais frequentes. Acredita-se que o envelhecimento dos rins seja o principal motivo da reincidência porque ele para de filtrar o sangue corretamente;

– Sexo: em geral, essa patologia é mais comum em homens, aumentando o risco de atingir as mulheres após a menopausa. Isso porque as mulheres no período fértil produzem maior quantidade do hormônio estrogênio, que auxilia no fluxo renal, responsável por eliminar o ácido úrico do sangue;

– Hereditariedade: a gota está ligada a fatores genéticos e pode ser transmitida através das gerações. Por isso, caso exista um histórico familiar da doença, é importante redobrar a atenção e diminuir o consumo de carne vermelha e álcool. Em casos de inflamação articular, não ligada a traumas, procure um reumatologista;

– Doenças e comorbidades: hipertensão arterial; hiperuricemia; obesidade; resistência à insulina; diabetes; insuficiência renal; doenças hemofílicas; psoríase e doenças mieloproliferativas, como a leucemia;

– Medicamento: principalmente os diuréticos, particularmente tiazídicos, pirazinamida, etambutol, ciclosporina, tacrolimus, e insulina em altas doses aumentam as taxas de ácido úrico sérico;

– Intoxicação: substâncias tóxicas (chumbo, por exemplo) interferem no funcionamento dos rins e na secreção de ácido úrico, levando a um tipo específico da doença, conhecida como gota saturnínica.

TIPOS DE GOTA

Existem dois tipos de gota:

1) Gota crônica: ocorrência constante de crises de dor, que geram inflamação em uma ou mais articulações;

2) Gota aguda: episódio repentino e isolado, com extrema dor e que geralmente atinge apenas uma articulação.

Em todos os casos, é importante fazer uma avaliação com profissionais especializados, pois o aumento de ácido úrico no sangue pode levar a maiores complicações, como o desenvolvimento de pedras nos rins e insuficiência renal crônica (com perda significativa da função dos rins).

SINAIS E SINTOMAS

Na maioria dos casos, os sintomas são agudos, repentinos e duram cerca de 12 a 24 horas. Geralmente, essa dor intensa tende a sumir após o segundo ou terceiro dia, deixando apenas um incomodo leve na articulação atingida. Alguns sinais da artrite gotosa são:

Intensa dor nas articulações, principalmente no momento da crise gotosa (que ocorre, sobretudo, durante a noite).

Caso alguma articulação do pé seja atingida, é comum encontrar dificuldade para a locomoção, o que estimula o ato de mancar. E, quando o tratamento não é feito, o desvio da pisada facilita o desenvolvimento de lesões em outras áreas, tanto no pé quanto no tornozelo e no joelho.

Vermelhidão e inflamação;

Queimação na área atingida;

Inchaço e possível formação de “caroços”, também conhecido como tofos;

Febre, pois é a forma como o organismo tenta se proteger dos cristais depositados na articulação;

Desconforto e rigidez articular, com dificuldade de movimentação da articulação atingida, principalmente de manhã ou após um grande período sem movimento.

TRATAMENTO

Antes de tratar, é fundamental o diagnóstico correto. Para isso, procure profissionais especializados, como reumatologistas. O diagnóstico tem base na análise do histórico familiar, na recorrência dos sintomas, e na alimentação e consumo de álcool. Imagens de raio-X podem revelar a existência de deformações articulares.

Nutrição
O tratamento contra a gota é baseado em uma reeducação alimentar e no aumento do consumo de água para evitar a formação de tofos (caroços) na articulação e cessar a repetição de crises dolorosas. Durante o tratamento, algumas medidas podem ser adotadas, como:

1) Diminuir o consumo de carne vermelha, feijão e frutos do mar;

2) Evitar a ingestão de soja, ervilha, caldos de carne e cogumelos;

3) Reduzir a quantidade de alimentos gordurosos, como sorvete e fritura;

4) Aumentar o consumo de água e eliminar as bebidas alcoólicas do cardápio;

5) Aumentar a ingestão de frutas.

Medicamentos
Na maioria dos casos, são utilizados medicamentos anti-inflamatórios para conter as inflamações nas fases agudas. Somente o médico pode prescrever a medicação anti-inflamatória ou analgésica que realmente irá aliviar as dores e diminur a inflamação.

Um dos principais medicamentos utilizados no tratamento contra a gota é o alopurinol. Essa substância é capaz de inibir o funcionamento da xantina-oxidase (enzima responsável por digerir a purina e produzir o ácido úrico) e evita o acúmulo de cristais de ácido nas articulações, o que diminui as chances de crises de gota. Ela somente poderá ser utilizada sob prescrição médica e deve ser alinhada com a reeducação alimentar.

Crioterapia
O gelo ajuda a diminuir a dor e a controlar a inflamação na fase aguda. Acredita-se que esse efeito é decorrente da diminuição da velocidade de condução nervosa, que aumenta a resistência do organismo e ameniza o incômodo. O frio também ajuda a evitar o edema e a controlar o metabolismo das células inflamatórias no local.

Repouso
O repouso é recomendado nas situações agudas da crise, em que a dor é muito intensa. Isso evita que a articulação acometida seja desnecessariamente forçada.

Ultrassom terapêutico
O equipamento pode ser utilizado nas fases agudas para auxiliar o controle de medicamentos anti-inflamatórios (fonoforese). Após a fase aguda, com dor intensa, o ultrassom pode ser utilizado para diminuir a rigidez articular e ajudar na reparação dos tecidos agredidos.

Mobilizações passivas
Nos casos de gota crônica, as articulações tendem a apresentar alterações de amplitude de movimento e de propriocepção, devido às crises sucessivas. A manipulação articular passiva pode auxiliar na recuperação da mobilidade, o que diminui a rigidez dos tecidos ao redor da articulação.

Trações manuais
Essa técnica deve ser utilizada após os períodos de dor intensa, mas com cautela. Ela melhora a nutrição da cartilagem e da membrana sinovial, o que beneficia a funcionalidade da articulação. Quando as crises na mesma articulação são frequentes, essa estrutura fica vulnerável às degenerações.

Palmilhas Personalizadas
Sabe-se que as pessoas com artrite gotosa apresentam dores recorrentes nos pés, devido à inflamação das articulações, principalmente na base do dedão. Em alguns casos, o processo inflamatório pode modificar até a forma de andar. Quando isso acontece, o recomendado é usar órteses para redistribuir as pressões plantares e evitar a inflamação.

CALÇADOS

A gota atinge os pés com muita frequência, particularmente a primeira articulação metatarsofalângica (base do dedão), o tendão de Aquiles, o mediopé e o tornozelo. Pessoas com gota apresentam maior número de relatos de dor nos pés, deficiência e incapacidade, do que os indivíduos com as mesmas características de sexo e idade sem a doença.

Por isso, o cuidado com os pés e a escolha de um calçado adequado é importante para se evitar inflamações recorrentes. Evite sapatos de salto alto, pois eles aumentarão ainda mais a descarga de peso sobre a região mais acometida, o primeiro metatarso. Prefira calçados com um bom amortecimento no solado e de preferência com a ponta mais larga para que os dedos não sejam pressionados.

Evitar calçados apertados também é importante, para isso, verifique que há uma distância de pelo menos 1cm entre a ponta dos pés e a ponta do sapato, o que chamamos de wiggle room, esse espaço possibilita que a pessoa mova os dedos “livremente” enquanto caminha.

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As deformações causadas pela gota merecem atenção especial: elas aumentam a pressão articular em alguns pontos dos pés e podem intensificar as dores. Por isso, é importante usar palmilhas e sapatos sob medida para redistribuir a carga nos pés e aumentar o conforto nos momentos de crise.

As palmilhas sob medida se adaptam perfeitamente às curvas do pé e dão suporte às regiões comumente afetadas pelas gota. Já os sapatos feitos sob medida oferecem o espaço ideal para os dedos, calcanhar e tornozelo, promovendo alívio e conforto para aqueles que têm dor nessas regiões.

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Palminhas de fibra de carbono
A empresa Pés Sem Dor possui também palmilhas fabricadas em fibra de carbono, um material bastante rígido e leve utilizado na produção de motos, carros e aviões. Essas palmilhas podem ser colocadas no sapato para evitar que o solado dobre. Dessa forma, evita-se as articulações do pé se movimentem, e, por isso, elas são indicadas durante os momentos de crise da gota, porque uma característica da doença é causar dor a cada movimento.

ESPORTES

Um estudo publicado no jornal americano de nutrição clínica mostrou que homens que corriam e eram fisicamente ativos apresentaram menor incidência de crises de gota quando comparados a homens menos ativos. Sabe-se que os exercícios ajudam na regulação dos níveis de ácido úrico no sangue e são parte fundamental do tratamento da gota.

Durante as crises agudas, o exercício deve ser bem controlado para que as articulações inflamadas não fiquem sobrecarregadas. Após o controle da inflamação, a atividade física deve ser parte da rotina para que episódios recorrentes da gota sejam evitados. Geralmente, quando bem acompanhada, a doença não gera grandes impedimentos para as atividades. Porém, quando não tratada, essa doença pode afastar completamente a pessoa do exercício, já que pode gerar até deformidade na articulação atingida.

DICAS CASEIRAS

Cuide de sua alimentação: evite consumir carne vermelha e frutos do mar em grande quantidade, pois quando esses alimentos são digeridos, eles se convertem em ácido úrico. Laticínios e frutas são liberados na dieta, pois possuem efeito protetor.

– Beba muito líquido: aumentar a ingestão de líquido diminui a concentração de ácido úrico no sangue e acelera o trabalho dos rins, responsáveis por eliminar as substâncias prejudiciais do sistema circulatório.

– Álcool com moderação: o consumo excessivo de álcool também pode aumentar a concentração de ácido úrico e favorecer o aparecimento das crises gotosas. A cerveja deve ser evitada, devido à alta concentração de purina (proteína que se transforma em ácido úrico) no malte. Se quiser beber, prefira o consumo moderado do vinho, pois seu efeito antioxidante pode reduzir o efeito do álcool quando o consumo não é excessivo.

– Mantenha-se ativo:realizar exercícios frequentes pode ajudar no controle da doença. Evite realizar exercício de alto impacto durante as fases de crise. Com a doença está bem controlada, não há contraindicações para exercícios.

– De olho na balança: indivíduos obesos têm mais chances de contraírem gota. Estudos mostram também a correlação entre a obesidade e o aumento da dor e incapacidade nos pés em pessoas com artrite gotosa.

 

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LINKS EXTERNOS

1) Diagnosis and management of gout | NCBI

2) The effects of commercially available footwear on foot pain and disability in people with gout: a pilot study | BMC

3) Functional and biomechanical characteristics of foot disease in chronic gout: a case-control study | Clin Bio Mech

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