Calos nos pés

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O calo é o espessamento das camadas da pele como resposta do nosso corpo a alguns estímulos externos, como o atrito e a hiperpressão local. Esse espessamento acontece para proteger as camadas mais internas da região onde se formam essas calosidades. Normalmente os calos não causam dor, mas, em alguns casos, podem causar muito desconforto. Quando não tratados podem afetar várias camadas da pele, se tornando profundos e doloridos. De acordo com o estudo “Multiple calluses on the Plantar Surface of the Foot”, calos são a terceira deformidade mais comuns dos pés, com frequência em idosos.

O termo médico para calos é hiperqueratose e ele possui esse nome, pois há um acumulo excessivo de queratina na região afetada fazendo com que a região fique mais espessa e endurecida. A hiperqueratose pode estar associada a diversas doenças como a atrite, artrose, alterações circulatórias locais, diabetes e fraturas mal curadas. Em casos graves quando o calo afeta camadas mais profundas da pele, ele pode alterar o caminhar normal, fazendo com que o individuo altere sua pisada instintivamente com o intuito de proteger a região acometida.

Há uma sutil diferença entre o calo e a calosidade. Em geral, o calo afeta uma área mais ampla, ele é achatado, seco e deixa a pele da região grossa e com descamação. A calosidade é mais localizada e normalmente tem um formato circular ou cônico com o seu centro mais ressecado. Eles podem ser classificados como duros ou moles. Os calos duros são os mais comuns e ocorrem em áreas de pele firme e mais dura, normalmente em um aspecto amarelado. Já os calos moles são esbranquiçados e tem uma textura emborrachada ocorrendo mais frequentemente entre os dedos do pé.

Uma pesquisa recente mostrou que dentro de um ano mais de 46% dos brasileiros apresentaram calos nos pés e que as mulheres têm duas vezes mais calos do que os homens. O surgimento dos calos normalmente está relacionado ao atrito do pé com o calçado ou a uma hiperpressão exercida durante o caminhar ou correr. Em geral, as regiões mais suscetíveis estão sobre proeminências ósseas: na sola do pé (por causa de hiperpressão) e na parte de cima dos dedos (pelo atrito com os calçados).

Os locais mais comuns para aparecimento de calos são:

– Metatarsos: localizado na sola dos pés na região anterior aos dedos, os calos do metatarso podem ser localizados (afetando apenas uma articulação) ou difusos (afetando todas as articulações da região);

– Lateral do 5º dedo: calosidade no menor dedo do pé, muito comum em pessoas que apresentam supinação excessiva (pisam para fora) ou utilizam calçados mais estreitos na região dos dedos;

– Lateral do 1º dedo: calosidade no maior dedo do pé, muito comum em pessoas que apresentam pronação excessiva (pisam para dentro), corredores, mulheres que usam salto alto ou que usem calçados muito estreitos na região dos dedos e pessoas com joanete;

– Entre os dedos: normalmente afeta o espaço entre o 4º e o 5º dedos, também está associado a calçados estreitos e ocorre pelo atrito na região durante o andar;

– Calcanhar: mais comum na borda posterior da região, onde o calçado atrita fazendo com que a pele reaja aumentando sua espessura. Pode aparecer também na sola do pé, resultado de uma pisada excessivamente forte na região;

– Tendão Aquiles: indivíduos que correm ou mulheres que usam constantemente sandálias com tiras posteriores estão mais suscetíveis às calosidades nessa região;

– Arco longitudinal medial: ocorre em pessoas que possuem a curvatura dos pés baixa (pés planos ou chatos) e pisada excessivamente pronada (pisam para dentro).

CAUSAS

Doenças vasculares ou endócrinas são grandes causadoras de calos. Pacientes diabéticos e os idosos têm maior chance do desenvolvê-los, mas as maiores causas de formação de calosidades são:

Calçados mal adaptados, que deixarão os pés sem espaço, causando atrito nos dedos ou calçados largos demais, que permitem deslocamento do pé dentro do calçado, causando mais atrito e calos;

Ilustração de calçado apertado
Exemplo de calçado apertado gerando calos

Desalinhamentos durante o caminhar, que causam pressões maiores em determinadas regiões e, consequentemente, calos;

Tipo de ocupação, porque se o trabalho exigir longos períodos em pé, longas caminhadas ou exercícios com bastante carga e repetição, a pessoa pode ter mais atrito com os calçados ou pressões mais elevadas.

Atividades que exigem esforço excessivo de uma região especifica do pé, como por exemplo, bailarinas, motoristas de caminhão e bateristas, desenvolvem os calos para proteção do local;

O uso constante de calçados com a caixa dos dedos estreita (bico fino), sapatos muito altos com grande inclinação do calcanhar em relação aos metatarsos e dedos;

Sobrepeso que faz com que o individuo altere o equilíbrio da pisada e consequentemente aumenta o impacto do pé ao solo;

Atividade física intensa associada ao calçado inadequado, ou praticantes de esporte de alto impacto que não utilizam palmilhas para correção da pisada.

 Conforme envelhecemos a anatomia do nosso pé vai se alterando, os ossos, articulações, músculos, tendões e ligamentos vão sendo sobrecarregados e com isso eles vão mudando sua estrutura e consequentemente dificultam o caminhar normal.

Um dos principais problemas que acontecem no pé do idoso é a perda do tecido adiposo na planta dos pés, fazendo com que os ossos fiquem mais expostos ao impacto da marcha e favorecendo o aparecimento dos calos e calosidades.

A pele também muda conforme envelhecemos tornando-se mais fina, frágil e ressecada principalmente nos pés. Isso faz com que a pele tenha uma probabilidade maior de abrir, causando fissuras e rachaduras que se não forem tratadas, podem evoluir para feridas crônicas e de difícil cicatrização.

Os calos que aparecem na parte superior dos dedos também são um grande problema na população idosa, pois a queda dos metatarsos e a diminuição do tecido adiposo nessa área favorece o aparecimento de dedos em garra e em martelo.

COMO DIAGNOSTICAR

Em geral as pessoas começam procurando um podólogo, pois ele irá avaliar o aspecto geral do calo e diagnosticar se há necessidade de procurar outros profissionais. O ortopedista e o dermatologista podem ser procurados também para verificação de problemas nas articulações, excesso de ácido úrico no organismo ou se há presença de micro-organismos na lesão como fungos e bactérias. Caso o paciente seja diabético, e apresente os sintomas de calo ou calosidades, ele deve procurar o médico Vascular ou Endocrinologista para melhor diagnostico e tratamento da doença.

PREVENÇÃO E TRATAMENTO

Para prevenir o aparecimento dos calos, a causa deles deve ser sanada. Deve-se evitar os calçados apertados que causam atrito com o pé e os dedos, e é recomendado o uso de palmilhas que vão distribuir melhor as pressões. Algumas outras formas de prevenir e tratar os calos:

Desbastar os calos para alívio do incômodo (recomenda-se o tratamento com um podólogo);

Uso de separadores de dedos e protetores de calos;

Uso de cremes e emolientes para hidratação da pele;

Uso de cremes contendo o ácido salicílico, pois este age na dissolução da queratina endurecida;

Uso de antibióticos em casos de infecção por fungos e bactérias;

Cirurgia para correção das articulações do pé ou deformidades causadas pelo atrito excessivo na pele;

Uso das palmilhas e sapatos sob medida Pés Sem Dor.

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Palmilhas tradicional sob medida Pés Sem Dor
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LINKS EXTERNOS

1) Calos e calosidades | Podologia

2) Conditions: Treating corns and calluses | NHS

3) Pele Saudável: Por que temos calos? | Abc.med.br

Mateus Martinez
Mateus Martinez
Atualmente é diretor de fisioterapia da Pés Sem Dor. É mestre em fisioterapia esportiva pela The University of Queensland, Austrália (2015). Especialista em Dry needling pela Combined Physio Austrália. Graduado em fisioterapia na USP - Universidade de São Paulo (2011). É professor convidado da pós-graduação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Foi fisioterapeuta da equipe Vôlei Brasil Kirin (2013) e Medley Campinas (2011-2013). Foi professor de anatomia e patologia básica para curso técnico de radiologia da Escola Profissionalizante CETEP (2012-2013). É co-autor de 6 estudos sobre saúde dos pés, possui mais de 170 artigos escritos sobre saúde dos pés no site da Pés Sem Dor e é criador de conteúdo no canal do Youtube da Pés Sem Dor, onde fala sobre saúde, bem estar e dores nos pés, tornozelos e joelhos para +160 mil inscritos. Profissional com registro no crefito: 162983-F
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