Osteocondrite

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A osteocondrite é uma patologia de origem pouco conhecida que acomete a cartilagem de crescimento (que auxilia na formação dos ossos do corpo humano). De acordo com o estudo “Research in Osteochondritis Dissecans of the Knee: 2016 Update” é mais frequente durante a infância e a adolescência, pois são as fases de construção e consolidação do sistema esquelético. Esse distúrbio pode afetar qualquer articulação e têm seu nome definido de acordo com a região atingida. O tipo de osteocondrite mais comum é a Doença de Osgood-Schlatter, que afeta o joelho e pode levar ao desenvolvimento de uma protuberância óssea abaixo da patela.

No início do processo de formação dos ossos, o esqueleto é constituído, em uma grande parte, por cartilagem (um tipo de tecido resistente e flexível, responsável por amenizar o atrito ósseo nas articulações) e tal tecido, ao longo dos anos, é substituído gradualmente pelo osso. Tal processo é realizado entre a epífise (localizada na extremidade do osso, também é ossificada após consolidação do esqueleto) e a “cartilagem de crescimento”, que auxiliam no aumento do diâmetro e do comprimento dos ossos.

Imagem ilustrativa representando a lesão na cartilagem do joelho causada pela osteocondrite.
Lesão na cartilagem de crescimento do joelho.

Quando a cartilagem de crescimento é lesionada, seja por tração exagerada, traumas ou outros fatores desconhecidos, há uma falha no seu funcionamento e o crescimento ósseo fica prejudicado, o que pode causar o desenvolvimento de uma proeminência na região acometida. Em casos extremos, pode haver o desprendimento de partes da cartilagem e a migração para o lado de dentro da articulação (corpos livres), levando à ocorrência de dores e limitação de movimento.

A osteocondrite, quando não tratada corretamente, pode causar alterações precoces na estrutura das articulações e contribuir para a consolidação de um processo de desgaste degenerativo das cartilagens.

CAUSAS

Os estudos realizados ainda são controversos quanto às causas do desenvolvimento da osteocondrite. Alguns pesquisadores acreditam que uma alteração circulatória faz com que a cartilagem perca o suprimento sanguíneo necessário para sua manutenção. Junto a isso, a degeneração da epífise e dos núcleos de ossificação contribui para a lesão da cartilagem de crescimento e consequente desenvolvimento da osteocondrite.

Imagem ilustrativa mostrando a formação do osso e da cartilagem de crescimento
Formação do osso e da cartilagem de crescimento

Traumas, lesões por estresse ou impactos repetitivos na articulação também podem provocar alterações na circulação sanguínea na cartilagem de crescimento. Por essa razão, essa patologia é mais frequente em crianças e adolescentes praticantes ativos de atividades físicas.

Os desalinhamentos dos membros inferiores ajudam no aumento da sobrecarga e na repetição de movimentos prejudiciais, principalmente nos pés, tornozelos e joelhos, e pode estar relacionada com a osteocondrite. O desalinhamento em valgo causa a rotação interna da tíbia e adução excessiva da articulação, fazendo com que o joelho fique “para dentro”. Esse desalinhamento é o principal vilão das estruturas envolvidas no joelho, pois causa grande sobrecarga, compressão e entorses, aumentando o desgaste ósseo e podendo levar ao comprometimento da cartilagem de crescimento. Jovens atletas com esse desalinhamento têm maiores probabilidades de desenvolverem a osteocondrite

Imagem ilustratativa mostrando o não alinhamento dos joelhos em valgo.
Joelho em valgo

Já o desalinhamento em varo faz com que as pernas fiquem posicionadas como as de alguém montado num cavalo, devido ao estiramento das estruturas laterais.

Ilustração mostrando como ficam posicionados os membros inferiores de uma pessoa com joelho varo.
Joelho em varo

Outros fatores, como a hereditariedade e a genética do indivíduo, também podem estar ligados à osteocondrite.

TIPOS DE OSTEOCONDRITE

Como dito anteriormente, a osteocondrite pode afetar vários ossos do corpo e seu nome varia de acordo com a região atingida. Dentre as principais variações da doença, existem:

Doença de Freiberg
É a osteocondrite da cabeça do segundo metatarso (osso longo do pé, anterior aos dedos). Pode causar artrose e levar a degeneração da articulação com a falange, causando dificuldade e limitação de movimento.

Doença de Köhler
Afeta o osso navicular e causa dor na parte medial do pé, podendo causar alterações no arco plantar.

Doença de Sever
Atinge o calcanhar e está diretamente relacionado ao aumento de exercícios físicos. Pode causar fragmentação do calcâneo, resultando no alargamento do osso e surgimento de uma protuberância.

Doença de Osgood-Schlatter
É o tipo mais comum de osteocondrite e acomete a tuberosidade da tíbia (localizada próxima ao joelho, abaixo da patela). Sofre alta influência dos desalinhamentos do joelho.

Doença de Renander
É rara e atinge os ossos sesamóides (dois pequenos ossos de formato arredondado que auxiliam a impulsão do dedão). Está ligada ao uso prolongado de sapatos inadequados.

Doença de Iselin
Também é um tipo raro de osteocondrite que afeta a base do quinto metatarso. Causa dor na lateral do pé durante a pisada.

Osteocondrite Dissecante
Essa variação da doença causa o desprendimento de parte da cartilagem seguida de sua migração para o interior da articulação.

SINAIS E SINTOMAS

Os principais sinais da osteocondrite são:

Vermelhidão;

Possível presença de uma proeminência óssea;

Dor, que é intensificada com a prática de esportes;

Edema (acumulo de líquido que provoca o inchaço da região acometida);

Bloqueio articular (como por exemplo, pessoas com a doença de Osgood-Schlatter podem sofrer episódios onde o joelho “trava”).

PREVENÇÃO E TRATAMENTO

O diagnóstico da osteocondrite deve ser feito por profissionais especializados com base na análise de exames de imagem, que mostrarão alterações na estrutura física do osso e possível proeminência. O tratamento varia de acordo com o estágio de fragmentação do osso, a dimensão da fratura e o grau de dor do paciente, e algumas medidas podem ser indicadas pelo médico, como:

Redução de carga na área (com possível uso de muletas);

Diminuição da prática de atividades físicas e/ou de alto impacto;

Possível imobilização temporária da região;

Medicação;

Uso de palmilhas e sapatos Pés Sem Dor;

Cirurgias somente serão indicadas em casos onde o tratamento conservador não surtir efeitos.

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LINKS EXTERNOS

1) Osteocondrite | Saúde Medicina

2) Doença de Osgood Schlatter | FisioWeb WGate

Mateus Martinez
Mateus Martinez
Atualmente é diretor de fisioterapia da Pés Sem Dor. É mestre em fisioterapia esportiva pela The University of Queensland, Austrália (2015). Especialista em Dry Needling (agulhamento a seco) pela Combined Physio Austrália. Graduado em fisioterapia na USP - Universidade de São Paulo (2011). É professor convidado da pós-graduação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Foi fisioterapeuta da equipe Vôlei Brasil Kirin (2013) e Medley Campinas (2011-2013). Foi professor de anatomia e patologia básica para curso técnico de radiologia da Escola Profissionalizante CETEP (2012-2013). É co-autor de 6 estudos sobre saúde dos pés, possui mais de 170 artigos escritos sobre saúde dos pés no site da Pés Sem Dor e é criador de conteúdo no canal do Youtube da Pés Sem Dor, onde fala sobre saúde, bem estar e dores nos pés, tornozelos e joelhos para +160 mil inscritos. Profissional com registro no crefito: 162983-F
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